sábado, 16 de julho de 2011

O Ultimo Olhar Capítulo 5

Que ótimo ia ter que assistir aquilo de camarote, lá estava a minha melhor amiga provocando o seu namorado.

- Não Danny não gosto do Taylor, mas...

- Mas o que Ana?

- Sei lá, quando nós ficamos ele tinha pegada sabe?! – Meu Deus, foi só o que consegui pensar.

- Pegada?

- É. Pegada Danny, sei que você não sabe o que é isso, mas eu gostava disso nele... – Danny começou a rir. – Qual é a graça Daniel?

- Você acha que agüenta comigo?

- Do que jeito que a coisa vai, acho que é você que não agüenta comigo. – Disse a Ana.

A cena a seguir foi inacreditável, ele não a deixou dizer mais nada, colocou a mão envolta do seu pescoço e a levou assim até chegar a uma parede, a prensou lá e não tirou a mão do pescoço dela.

- Da próxima vez que for provocar um homem, tenha certeza que agüenta o tranco depois Ana Paula. – Ele a beijou violentamente, tirou a mão do pescoço dela e passou para seu cabelo, ele literalmente puxava o cabelo da Ana e a pressionava contra a parede usando seu corpo, a Ana só respondia o beijo, seus braços estavam largados ao lado do seu corpo. – Isso é para você aprender a não brincar com fogo... – Ele dizia segurando o cabelo dela a fazendo o encarar, ela estava em choque. – Te desejo sim, sei bem como satisfazer você, só não acho que esteja na hora, deu para entender agora Ana? – Ela não respondeu. – Perguntei se deu para entender.

- Deu. – Foi só o que ela respondeu.

- Ótimo, agora vamos arrumar outro lugar para nos escondermos aqui é muito a vista.

Eles saíram de lá, tenho que confessar que minha boca estava seca, o que foi aquilo, nossa Gabe estava no chinelo agora, bom não estava, mas a cena tinha sido forte. Não conseguia imaginar esse lado do Danny. Bem feito para a Ana, cutucou o menino até ele explodir, imagina comentar que o Taylor tinha “pegada” se tinha eu não sabia, mas com certeza Danny tinha mais, bem mais.
Acabei saindo do arbusto, muita falta de vergonha na cara da minha parte, já que não sai dali enquanto Danny dava um show, mas minhas pernas estavam doendo de ficar agachada, fui pelo lado escuro da biblioteca, tinha algumas mesas lá, senti alguém me agarrar pelo braço e tampar minha boca, tentei espernear, mas por causa do susto, estava mole.

- Não precisa ter medo. - Gabe sussurrou em meu ouvido. Amoleci de alivio em seus braços.

- Gabriel, você quase me matou. – Reclamei.

- Vem, vou te levar em um lugar.

- Hey, mas estamos brincando...

- Isso vai ser melhor lhe garanto.

Corremos para a sala de musicas, sabia que Gabe não tinha a chave, mas era obvio, que ele não precisava ter a chave para entrar em lugar nenhum, em pouco segundos ele conseguiu destravar a porta, com dois araminhos. A sala estava escura e o piano reluzia com uma fresta de luz que entrava pela cortina.

- Gabe estava...

- Não te perdi de vista Jasmim. - Ele disse me encostando na parede. Ele me beijava de uma forma tão doce e ao mesmo tempo era como se o mundo fosse acabar. Nossos beijos sempre eram perfeitos. – Jamais lhe deixaria sozinha com um sugador a solta.

- Então você viu o Danny e a Ana?

- Vi. Agora quem sabe a Ana se acalme um pouco.

- Quem sabe. – Respondi, pensando quem sabe você pudesse fazer algo igual, estava com saudade, de ter esses “pegas” com ele. Desde que descobrimos sobre o meu pai, as coisas estavam mais calmas nesse aspecto.

- O que foi?

- Nada.

- Jasmim... Você ficou com ciúme da ceninha do Danny e da Ana?

- Não. – Queria dizer sim. – Claro que não.

Gabe me jogou no piano e me fez sentar nele, ele beijava cada milímetro do meu pescoço, suas mãos passeavam entre meu quadril e minhas coxas, seu corpo estava prensado ao meu, ele se encaixava no meio das minhas pernas, sentia o desejo exalando do seu corpo, comecei a tirar sua camiseta e ele se afastou.

- Gabe o que houve?

Ele caiu no chão e se contorcia, sabia o que era aquilo, Gabe precisava se alimentar e fazia muito tempo que ele não se alimentava de mim, mas a idéia não me agradava nem um pouco.

- Saia daqui. Agora. – Disse Gabe, mas de quem ele se alimentaria, se não fosse de mim?!

- Não adianta mais correr Gabe, sabemos que não está funcionando com outras pessoas, você precisa se alimentar de mim.

- Preciso. De. Muito. – Doía vê-lo assim, com dor, precisando de algo que seu corpo não poderia lhe dar.

- Está tudo bem, você vai conseguir parar. – Não sabia disso, mas precisávamos tentar.

Gabe abriu suas pálpebras, revelando aqueles olhos brancos e essa vez foi um milhão de vezes pior que as anteriores, como se ele sugasse minha alegria em dobro, mal conseguia respirar, Gabe parou, não sei se era o bastante para ele, mas realmente se fosse necessário mais, eu estaria bem encrencada, aquilo era o meu limite.
Varias sensações inundavam meu corpo, mas nada parecido com as outras vezes em que havia sido sugada, isso era diferente, mas nem tanto, reconhecia alguns daqueles sintomas, meus músculos começaram a enrijecer, meu corpo sofria espasmos, um nojo tomava conta de mim, muita raiva, meus olhos doíam, muito. Gabe se aproximou de mim, mas queria que ele estivesse a quilômetros de distancia, era uma sensação estranha, mas queria ficar longe dele.

- Jasmim...

- Não olhe para mim. – Eram as mesmas coisas que senti antes de matar Michael, mantive meus olhos fechados.

- Pode abrir os olhos, já...

- Não é você Gabe, sou eu. – Ele pareceu entender o que estava acontecendo.

- O que faço? O que posso fazer?

- Fique longe de mim, saia daqui. – Ele não discutiu, nem hesitou, saiu da sala de musica, me deixando lá sozinha, assim que a porta se fechou atrás dele, senti tudo melhorar, mas isso não era muito bom, porque agora sentia a tristeza que Gabe havia despejado em mim.

Isso estava ficando cada vez melhor, agora tinha alergia ao meu namorado?! Era só o que me faltava. Consegui sentar e abrir meus olhos, a sensação de ser sugada por Gabe era semelhante aquela que temos, quando estamos indo a algum lugar e parece que esquecemos algo, me sentia triste ao extremo, só não conseguia me “lembrar” do porque estava assim. Fiquei lá até me sentir melhor, na medida do possível, levantei e sai da sala, do lado de fora, agachado, segurando a cabeça com as duas mãos estava Gabe. Me ajoelhei ao seu lado e coloquei minha mão sobre as suas.

- Estou bem. – Disse a ele. – Como você está?

- Bem melhor, mais forte. Preocupado. – Ele suspirou e me encarou. – Você sabe que só pode matar um sugador se ele estiver se alimentando ou com os olhos brancos, não estava mais assim Jasmim, não havia riscos para mim.

- Então porque saiu de lá?

- Porque senti sua sinceridade, você realmente me queria longe. – Pensei em dizer que era mentira, mas Gabe como um sugador sabia o que todos sentiam, não adiantaria mentir, porque naquele momento realmente o queria longe.

- Gabe...

- É impossível, não existem caçadoras, são todos homens. O que você está se tornando?

- Não sei, mas vamos descobrir juntos o que fazer. – Queria muito acreditar nas minhas próprias palavras.

- Sim vamos. – Estávamos perdidos e não tínhamos a quem recorrer. A Ana e o Danny se aproximaram de nós.

- Gabe a brincadeira já recomeçou, agora a Samy está contando. – Disse Danny. Glitter monga foi a primeira a ser pega.

- Jasmim vá se esconder com a Ana. – Gabe estava com o olhar distante.

- Não quero mais brincar. – Reclamei.

- Precisamos manter as aparências, depois dessa rodada paramos. – Ele e Danny, saíram para um lado, a Ana e eu ficamos lá pela sala de musica mesmo, não ia me esconder em outro lugar, não tinha cabeça para isso.

- O gato comeu sua língua Ana? – Ela estava muito quieta. – O que foi?

- Danny. – Foi só o que ela respondeu, logo associei a cara dela com a cena que tinha visto dos dois.

- Eu vi. – Disse a ela, a Ana me olhou com alivio, como quem diz “então você sabe do que estou falando”.

- Acaiah... – Ela estava transparente. – Aquilo foi tão... Tão... Nossa não sabia que ele era capaz daquilo tudo. Nunca fiquei com ninguém assim, nem de longe, serio. Acho que me assustei. – Sabia que ela estava falando serio e apesar da tristeza imposta por Gabe, cai na gargalhada.

Um comentário:

  1. A ACADEMIA MACHADENSE DE LETRAS comunica que estão abertas as
    inscrições para o VIII Concurso Plínio Motta de Poesias, do ano 2011.

    O concurso contemplará duas categorias:

    CATEGORIA I (até 16 anos)
    1° Prêmio: R$ 300,00
    2° Prêmio: R$ 200,00
    3° Prêmio: R$ 150,00
    Melhor intérprete: R$ 150,00

    ****
    CATEGORIA II (a partir de 17 anos)
    1° Prêmio: R$ 500,00
    2° Prêmio: R$ 300,00
    3° Prêmio: R$ 200,00
    Melhor intérprete: R$ 200,00

    PREMIAÇÃO:
    Dia 17 de novembro de 2011, em noite solene, na Biblioteca Municipal

    INSCRIÇÕES:
    Prazo: até 21 de outubro de 2011-09-11
    Valor: R$ 2,00 (dois reais)

    INFORMAÇÕES e REGULAMENTO
    Biblioteca Municipal Prof. Gentil Vieira da Silva
    Ruas Major Feliciano, 990 – centro – Machado-MG ( CEP: 37750-000 )
    (35) 3295-6099
    E-mail: machadocultural@gmail.com

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